Novidade enunciação de Lula irrita mercado. “Vai tombar bolsa? Paciência”

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Uma novidade enunciação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) parece ter irritado setores do mercado na manhã desta quinta-feira (17). “Não adianta permanecer pensando só em responsabilidade fiscal”, disse ele ainda durante a sua viagem ao Egito, onde participa de uma conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU).

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“Quando você coloca uma coisa chamada teto de gastos, tudo o que acontece é você tirar verba da saúde, da ensino, da cultura”, seguiu o presidente eleito. “Você tenta desmontar tudo aquilo que faz segmento do social e você não tira um centavo do sistema financeiro. Se eu falar isso, vai tombar a bolsa, o dólar vai aumentar, paciência. O dólar não aumenta e a bolsa não cai por conta das pessoas sérias, mas por conta do especuladores que vivem especulando todo santo dia”, completou.

A enunciação parece ter irritado o mercado também porque ela acontece unicamente um dia depois da entrega da PEC da Transição. O texto, que indica que o Auxílio Brasil ficará fora do teto de gastos em 2023, também aponta para um gasto de quase R$ 200 bilhões fora das regras fiscais atuais do país.

“Se fosse para discutir que não vamos remunerar a quantidade de juros do sistema financeiro que pagamos todo ano, mas mantivéssemos os benefícios, tudo muito. Mas não, tudo o que acontece é tirar verba da ensino, da cultura. Tentam desmontar tudo aquilo que é da dimensão social”, seguiu Lula em seu pronunciamento.

A reação do mercado

Dados oficiais do início do dia desta quinta-feira (17) mostram que o dólar subiu mais de 2% na fenda do mercado de câmbio, com a cotação atingindo R$ 5,53.

Ainda na quarta-feira (16), ainda antes da enunciação de Lula, o índice Ibovespa caiu 2,58%, aos 110.243 pontos. Ao longo do dia, a bolsa chegou a tombar 3%.

O mercado de juros futuros também apresentou subida. A taxa de depósitos interbancários (DI) para 2024 passou dos 14% ao ano.

Agronegócio

Na mesma reunião com representantes da sociedade social, Lula voltou a falar sobre a sua relação com os setores do agronegócio. Oriente é um dos setores da sociedade que mais fizeram campanha para a reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições deste ano.

“Eu não me preocupo em proferir ‘ah, o agronegócio não gosta do Lula’, eu não quero que goste, eu só quero que me respeite uma vez que eu saudação eles. O verdadeiro empresário do agronegócio sabe que não pode fazer queimada em lugar que não pode queimar, não pode derrubar”, disse Lula.

“O verdadeiro empresário do agronegócio, ele tem compromisso porque ele sabe que a nível internacional se paga um preço se a gente for irresponsável”, completou ele.

Lula também voltou a proferir que vai cobrar ajuda dos países ricos aos países pobres na dimensão de combate às mudanças climáticas.

“Sinceramente, as pessoas parecem que se esquecem. Por isso cobrei, lembrei que há uma dívida que precisa ser paga para os países que têm floresta sejam recompensados para cuidar daquilo”, disse o presidente eleito.

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